Qual a melhor pedagogia?
Qual o melhor método para se educar ?
Não sou especialista na matéria pedagogia, as
coisas que sei são as que tenho lido nos últimos anos e percepções que venho
formando através da minha própria experiência e da influência do mundo que me
cerca.
Vamos primeiro as práticas dos métodos usados no
Brasil.
Importante que saibamos diferenciar os métodos de pedagogia
que a escola que meu filho vai estudar segue ou tenta seguir.
1. Pedagogia Waldorf (antroposofia)
Método de ensino baseado nas conferências que o filósofo alemão Rudolf Steiner (1861-1925) deu a partir de 1919,
trabalha em conjunto três âmbitos do desenvolvimento da criança: físico, social
e individual. Os alunos são divididos em faixas etárias e não em séries, pois
Steiner acreditava que cada idade tem necessidades específicas a serem
atendidas. O aluno waldorfiano estuda com a mesma turma dos 7 aos 14 anos. Como
o ritmo biológico não pode ser alterado, não há repetência. O método dá igual
importância às formações ética, estética e acadêmica.
2. Maria Montessori
A
educadora italiana Maria Montessori
(1870-1952) concentrou-se na elaboração de uma proposta pedagógica própria.
Para Montessori, o ensino deve ser ativo. A criança desenvolve um
senso de responsabilidade por seu próprio aprendizado.
A pedagogia montessoriana enfatiza a concentração individual por meio
da manipulação de objetos. Na sala de aula, a atenção do aluno é desviada do
professor para as tarefas a serem cumpridas. O professor é um "guia"
que remove obstáculos à aprendizagem e isola as dificuldades da criança. O aluno aprende de acordo com seu ritmo.
3. Construtivismo/estruturalismo
de Jean Piaget
O filósofo Jean Piaget (1896-1980)
estudou os modos com que a criança entende o mundo espontaneamente por
assimilação -organizando os dados do exterior de uma maneira própria e por
acomodação, isto é, "deformando" essa organização para poder
compreender a realidade.
Para
Piaget, a inteligência lógica tem um mecanismo auto-regulador evolutivo. Certas
noções, como quantidade, proporção, sequência, causalidade, volume etc. surgem
espontaneamente em momentos diferentes do desenvolvimento da criança em sua interação
com o meio.
As
idéias de Piaget garantiram aos psicólogos que havia um mecanismo natural de
aprendizagem e que a escola deveria acompanhar a curiosidade da criança,
propondo atividades com temas que a interessassem naquele momento, sem se
prender a um currículo rígido.
O psicólogo russo Lev Vygotsky,
contemporâneo de Piaget, desenvolveu uma psicologia também chamada
construtivista, mas considerando as atividades interpessoais da criança e a
história social.
4. Pragmatismo
Elaborado
no início do século pelo educador norte-americano John Dewey (1859-1952), o pragmatismo ou instrumentalismo baseia-se
na ideia de que a inteligência é um instrumento. Privilegia a resolução de
problemas e a ciência aplicada.
É um
modelo de educação que se opõe ao ensino europeu clássico, mais abstrato e
concentrado nas humanidades e na filosofia.
5. Construtivismo pós-piagetiano
A
Argentina Emilia Ferreiro, aluna de
Jean Piaget, expandiu as idéias de seu mestre para o campo da escrita e da
leitura. Concluiu que a criança descobre as regras da língua escrita (ler da
esquerda para a direita, entender que as letras reproduzem a fala) antes mesmo
de ir à escola.
Grande
parte das crianças se alfabetiza sozinha, desde que imersa num ambiente
alfabetizante.
Ferreiro
e Ana Teberosky descobriram que toda
criança passa pelas mesmas fases ao aprender a ler e escrever e que essas fases
determinaram o tipo de erro que cometem.
Essas
descobertas vêm revolucionando as formas mais tradicionais de alfabetização,
baseadas em cartilhas que apresentam apenas fragmentos da língua escrita.
6. Escola Freiriana
Pela
pedagogia baseada nas ideias de Paulo
Freire, que é mais voltada para a alfabetização, os aspectos culturais,
sociais e humanos do aluno devem ser levados em conta. Esta postura implica em
ouvir o aluno para ajudá-lo a construir confiança, para que ele possa entender
o mundo por meio do conhecimento.
Segundo Freire, o conhecimento faz sentido para o estudante
quando o transforma em sujeito que pode transformar o mundo. Bom senso,
humildade, tolerância, respeito, curiosidade são alguns dos princípios
defendidos por essa corrente. A educação se torna uma ferramenta para
"libertar" o aluno.
7. Ensino tradicional
O que se chama ensino tradicional vem de inúmeras vertentes. Nas
escolas laicas, o que predomina é uma tradição conteudista centrada no
professor, que é um transmissor de cultura. O sistema de avaliação procura
aferir a quantidade de informação absorvida pelo aluno. Esse modelo de ensino
foi difundido pelas escolas públicas francesas a partir do Iluminismo (séc.
18). Pretendiam universalizar o acesso ao conhecimento para formar cidadãos.
Na pedagogia tradicional o
professor é a figura central. Ele ensina as matérias de maneira sistematizada e
o aluno absorve esses conhecimentos como se fosse uma "tabula rasa".
Puts! Vários metódos
e agora?
O construtivismo é o
mais presente nas escolas brasileiras.
A maioria dos
educadores de hoje cresceram com as idéias do construtivismo e da Escola
Freiriana.
Mais os dois metódos
que tem feito a cabeça das mamães do mundo virtual e das brinquedotecas
espalhadas pelo Brasil tem sido o método Waldorf e a escola Montessoriana.
Waldorf - A ênfase se mantém em aspectos
espirituais do desenvolvimento evolutivo, e potencializa-se a expressão artística de cada pessoa como ser
individual de forma complexa e holística. Ou seja, pretende-se englobar o
crescimento da pessoa em conjunto com cada uma das suas potencialidades.
No
método Montessori é imprescindível a atenção dos pais, a participação ativa no
processo de aprendizagem das suas crianças conforme a definição dos períodos sensíveis e a
criação de um universo baseado no afeto e no respeito dos ritmos infantis
individuais.
Enfim, temos muito que pensar.
Hoje se
alguém me perguntar: _ Como devo escolher a escola ?
Mamãe Levada vai responder que você deve
buscar o método que mais se aproxima dos valores da sua família. A coisa mais
importante na introdução escolar é saber quem será a primeira professora do seu
filho.
Entreviste o professor.
Saiba quais são suas raízes pedagógicas,
quais são seus sonhos profissionais e o que ele espera ensinar para seu filho.
Baseada nas respostas e na empatia, você saberá
se aquele colégio é a escolha certa.
Os colégios são feitas de pessoas, com
realidades diferentes, culturas diferentes e crenças diferentes.
A escolha acertada do primeiro professor
fará toda a diferença.
Eu quando busquei colégios, queria
espaços grandes, com um parque para brincar e um método moderno já que estava
em uma cidade nova .
Santa ignorância...errei feio.
Meu filho ficou matriculado por 4 meses e
foi no colégio umas 20 vezes somente...era uma semana no colégio e duas semanas
em casa doente.
Eu tinha conhecido a professora, mas não
a entrevistei e nem sabia que ela não seria a professora do próximo ano e que o
colégio daria oportunidade para uma novata, sem experiência como professora.
Foi o período
mais terrível da minha história de mãe.
Até que decidi
seguir a recomendação do pediatra Dr. Jayme Murahovisch.
Ele me disse:
1. Escola de maternal
tem que ter poucos alunos na sala;
2. Escola de
maternal é para brincar, não para ter aprendizados pedagógicos;
3. Escola de
maternal tem que ser aquela que você como mãe de primeira viagem, possa entrar
e constatar com seus próprios olhos se seu filho está bem cuidado.
Na escola que
estudei aprendi a dar valor a experiência das pessoas e doutor Jayme tinha razão.
Matriculei meu
filho num colégio com essas características.
A primeira
professora era um encanto. Sonhava em ser mãe e queria oferecer o seu melhor
para aqueles alunos.
A segunda
professora seguia a mesma linha de brincar, brincar.
Somente quando meu
filho saiu do maternal para o jardim/pré-primário que fui até o colégio
conhecer o método para garantir que ele continuaria a aprender brincando até
chegar ao ensino da alfabetização que só vai ser dar após os 6 anos de idade.
E nos dois anos
de maternal e nesse um ano de jardim da infância, estou desfrutando dos sabores
que é ver meu filho socializar, ter espaço para brincar e ser criança.
Existem muitos
modismos, muitos pais que querem competir e mostrar que o filho já sabe ler e
escrever.
Ou que está na
escola que segue as novas tendências.
O que sei, nesses
20 anos como profissional da saúde e da psicologia que hoje temos muitos adultos
que ainda não cresceram, porque na infância foram obrigados a saber mais que
os outros coleguinhas.
Criança do nascimento aos 6 anos precisa
aprender brincando.
Fica a dica, Mamãe Levada!
Fontes:
1.Uol Educação
2. Folha Online
Educação
3. Diversos outros
textos de autores diversos e minhas próprias idéias.