quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Qual a melhor pedagogia?
Qual o melhor método para se educar ?

Não sou especialista na matéria pedagogia, as coisas que sei são as que tenho lido nos últimos anos e percepções que venho formando através da minha própria experiência e da influência do mundo que me cerca.



Vamos primeiro as práticas dos métodos usados no Brasil.

Importante que saibamos diferenciar os métodos de pedagogia que a escola que meu filho vai estudar segue ou tenta seguir.

1.    Pedagogia Waldorf (antroposofia)

Método de ensino baseado nas conferências que o filósofo alemão Rudolf Steiner (1861-1925) deu a partir de 1919, trabalha em conjunto três âmbitos do desenvolvimento da criança: físico, social e individual. Os alunos são divididos em faixas etárias e não em séries, pois Steiner acreditava que cada idade tem necessidades específicas a serem atendidas. O aluno waldorfiano estuda com a mesma turma dos 7 aos 14 anos. Como o ritmo biológico não pode ser alterado, não há repetência. O método dá igual importância às formações ética, estética e acadêmica.



2.    Maria Montessori

A educadora italiana Maria Montessori (1870-1952) concentrou-se na elaboração de uma proposta pedagógica própria.
Para Montessori, o ensino deve ser ativo. A criança desenvolve um senso de responsabilidade por seu próprio aprendizado.
A pedagogia montessoriana enfatiza a concentração individual por meio da manipulação de objetos. Na sala de aula, a atenção do aluno é desviada do professor para as tarefas a serem cumpridas. O professor é um "guia" que remove obstáculos à aprendizagem e isola as dificuldades da criança. O aluno aprende de acordo com seu ritmo.

3.   Construtivismo/estruturalismo de Jean Piaget

O filósofo Jean Piaget (1896-1980) estudou os modos com que a criança entende o mundo espontaneamente por assimilação -organizando os dados do exterior de uma maneira própria e por acomodação, isto é, "deformando" essa organização para poder compreender a realidade.
Para Piaget, a inteligência lógica tem um mecanismo auto-regulador evolutivo. Certas noções, como quantidade, proporção, sequência, causalidade, volume etc. surgem espontaneamente em momentos diferentes do desenvolvimento da criança em sua interação com o meio.

As idéias de Piaget garantiram aos psicólogos que havia um mecanismo natural de aprendizagem e que a escola deveria acompanhar a curiosidade da criança, propondo atividades com temas que a interessassem naquele momento, sem se prender a um currículo rígido.

O psicólogo russo Lev Vygotsky, contemporâneo de Piaget, desenvolveu uma psicologia também chamada construtivista, mas considerando as atividades interpessoais da criança e a história social.

4.   Pragmatismo

Elaborado no início do século pelo educador norte-americano John Dewey (1859-1952), o pragmatismo ou instrumentalismo baseia-se na ideia de que a inteligência é um instrumento. Privilegia a resolução de problemas e a ciência aplicada.
É um modelo de educação que se opõe ao ensino europeu clássico, mais abstrato e concentrado nas humanidades e na filosofia.

5.   Construtivismo pós-piagetiano

A Argentina Emilia Ferreiro, aluna de Jean Piaget, expandiu as idéias de seu mestre para o campo da escrita e da leitura. Concluiu que a criança descobre as regras da língua escrita (ler da esquerda para a direita, entender que as letras reproduzem a fala) antes mesmo de ir à escola.
Grande parte das crianças se alfabetiza sozinha, desde que imersa num ambiente alfabetizante.

Ferreiro e Ana Teberosky descobriram que toda criança passa pelas mesmas fases ao aprender a ler e escrever e que essas fases determinaram o tipo de erro que cometem.
Essas descobertas vêm revolucionando as formas mais tradicionais de alfabetização, baseadas em cartilhas que apresentam apenas fragmentos da língua escrita.


6.   Escola Freiriana

Pela pedagogia baseada nas ideias de Paulo Freire, que é mais voltada para a alfabetização, os aspectos culturais, sociais e humanos do aluno devem ser levados em conta. Esta postura implica em ouvir o aluno para ajudá-lo a construir confiança, para que ele possa entender o mundo por meio do conhecimento.

Segundo Freire, o conhecimento faz sentido para o estudante quando o transforma em sujeito que pode transformar o mundo. Bom senso, humildade, tolerância, respeito, curiosidade são alguns dos princípios defendidos por essa corrente. A educação se torna uma ferramenta para "libertar" o aluno.

7.   Ensino tradicional

O que se chama ensino tradicional vem de inúmeras vertentes. Nas escolas laicas, o que predomina é uma tradição conteudista centrada no professor, que é um transmissor de cultura. O sistema de avaliação procura aferir a quantidade de informação absorvida pelo aluno. Esse modelo de ensino foi difundido pelas escolas públicas francesas a partir do Iluminismo (séc. 18). Pretendiam universalizar o acesso ao conhecimento para formar cidadãos.

Na pedagogia tradicional o professor é a figura central. Ele ensina as matérias de maneira sistematizada e o aluno absorve esses conhecimentos como se fosse uma "tabula rasa".


Puts! Vários metódos e agora?
O construtivismo é o mais presente nas escolas brasileiras.
A maioria dos educadores de hoje cresceram com as idéias do construtivismo e da Escola Freiriana.

Mais os dois metódos que tem feito a cabeça das mamães do mundo virtual e das brinquedotecas espalhadas pelo Brasil tem sido o método Waldorf e a escola Montessoriana.

Waldorf - A ênfase se mantém em aspectos espirituais do desenvolvimento evolutivo, e potencializa-se a expressão artística de cada pessoa como ser individual de forma complexa e holística. Ou seja, pretende-se englobar o crescimento da pessoa em conjunto com cada uma das suas potencialidades.

No método Montessori é imprescindível  a atenção dos pais, a participação ativa no processo de aprendizagem das suas crianças conforme a definição dos períodos sensíveis e a criação de um universo baseado no afeto e no respeito dos ritmos infantis individuais.

Enfim, temos muito que pensar.
Hoje se alguém me perguntar: _ Como devo escolher a escola ?

Mamãe Levada vai responder que você deve buscar o método que mais se aproxima dos valores da sua família. A coisa mais importante na introdução escolar é saber quem será a primeira professora do seu filho.

Entreviste o professor.

Saiba quais são suas raízes pedagógicas, quais são seus sonhos profissionais e o que ele espera ensinar para seu filho.

Baseada nas respostas e na empatia, você saberá se aquele colégio é a escolha certa.

Os colégios são feitas de pessoas, com realidades diferentes, culturas diferentes e crenças diferentes.

A escolha acertada do primeiro professor fará toda a diferença.

Eu quando busquei colégios, queria espaços grandes, com um parque para brincar e um método moderno já que estava em uma cidade nova .

Santa ignorância...errei feio.

Meu filho ficou matriculado por 4 meses e foi no colégio umas 20 vezes somente...era uma semana no colégio e duas semanas em casa doente.

Eu tinha conhecido a professora, mas não a entrevistei e nem sabia que ela não seria a professora do próximo ano e que o colégio daria oportunidade para uma novata, sem experiência como professora.

Foi o período mais terrível da minha história de mãe.

Até que decidi seguir a recomendação do pediatra Dr. Jayme Murahovisch.

Ele me disse:

1.    Escola de maternal tem que ter poucos alunos na sala;
2.    Escola de maternal é para brincar, não para ter aprendizados pedagógicos;
3.   Escola de maternal tem que ser aquela que você como mãe de primeira viagem, possa entrar e constatar com seus próprios olhos se seu filho está bem cuidado.

Na escola que estudei aprendi a dar valor a experiência das pessoas e doutor Jayme tinha razão.

Matriculei meu filho num colégio com essas características.

A primeira professora era um encanto. Sonhava em ser mãe e queria oferecer o seu melhor para aqueles alunos.

A segunda professora seguia a mesma linha de brincar, brincar.

Somente quando meu filho saiu do maternal para o jardim/pré-primário que fui até o colégio conhecer o método para garantir que ele continuaria a aprender brincando até chegar ao ensino da alfabetização que só vai ser dar após os 6 anos de idade.

E nos dois anos de maternal e nesse um ano de jardim da infância, estou desfrutando dos sabores que é ver meu filho socializar, ter espaço para brincar e ser criança.

Existem muitos modismos, muitos pais que querem competir e mostrar que o filho já sabe ler e escrever.

Ou que está na escola que segue as novas tendências.

O que sei, nesses 20 anos como profissional da saúde e da psicologia que hoje temos muitos adultos que ainda não cresceram,  porque  na infância foram obrigados a saber mais que os outros coleguinhas.

Criança do nascimento aos 6 anos precisa aprender brincando.

Fica a dica, Mamãe Levada!

Fontes:
1.Uol Educação
2. Folha Online Educação
3. Diversos outros textos de autores diversos e minhas próprias idéias.