sábado, 24 de setembro de 2016

Ampliando Horizontes...

Nossa! Quase dois meses sem escrever neste blogger de desabafos da Mamãe Levada, mas foi por uma boa causa.

Depois do meu último post: QUAL A INFÂNCIA ESTAMOS CONSTRUINDO, fiquei muito incomodada e pensei que precisava fazer algo.

E fiquei pensando...que antes de fazer algo pelos filhos é necessário fazer algo pelas e para as mães.

E se todos os meus processos começam por mim então fiquei pensando sobre o que me falta nessa nova etapa da minha vida.


Depois que me tornei mãe, muitas mudanças aconteceram e as mais impactantes foram:
1)    Parar de trabalhar fora e ter que começar a cuidar de tarefas da casa (embora tenha obrigações domésticas deste que era criança, eu não sou fã de ter que fazer serviços domésticos como parte de uma rotina);
2)     Mudar de cidade que antes era sensacional pelas novidades da mudança, com filho bebê e para uma cidade pequena foi realmente chocante.

As tarefas domésticas você se organiza e a vida segue. Agora, estar numa cidade pequena, sem família e amigos e com um bebê pequeno, confesso se não fosse aquele brilho no olhar do meu pequeno eu estaria confinada a depressão.

Quando se tem um filho é preciso ajuda, é preciso ter as amigas por perto para segurar um pouco enquanto você faz as unhas, por exemplo.

No início eu frequentava o salão e eu me equilibrava com o meu filho nos braços, até que desencanei e passei um bom período com unha por fazer até me indicarem alguém para fazer em casa, sem eu precisar me estressar se meu filho que estava crescendo e curioso e mexendo nos esmaltes, etc.

Quando me percebi grávida, uma das decisões que tomei que eu seria uma super mamãe, que eu ia me superar para vencer minhas próprias dificuldades em nome do bem-estar do meu filho.



Essa decisão me fez refletir bastante para me preparar para uma “maternagem” consciente, sem muitos “frusfru” ou total alienação do que é cuidar de um filho.

A experiência de cada mulher, de cada mãe, é única, pessoal e incomparável. Uma mãe com ou sem marido, biológica ou adotiva, será sempre uma mãe, sem diferenças. A discrepância residirá na forma de como recebe cada filho, como o educa e cuida.

Desde que a mulher se percebe grávida inicia-se uma série de questionamentos: Será que vou dar conta? Quais os cuidados são necessários para que o bebê se desenvolva bem? Será que vou saber cuidar e educar uma criança?

Depois que o filho nasce, mais e mais questionamentos: Devo parar de trabalhar para cuidar do meu filho? Meu leite secou e agora? Qual o melhor leite? Como deve ser a alimentação dele? Qual a melhor idade para ir à escola? Será que a professora vai ser cuidadosa? Como lidar com as viroses? Será que eu sou uma boa mãe?

Criar um filho é um grande desafio.
E agora? Como proceder?

Passei a gravidez toda trabalhando e ia no médico toda semana para lidar com estresse próprio de mãe que trabalha.

Fiz todos os testes necessários para saber se ele estava se desenvolvendo bem, mas não procurei um pediatra antes dele nascer, fiz um curso para gestantes meia boca achando que estava pronta.

Quando ele nasceu, cai na besteira de que faria tudo sozinha.

E o primeiro aprendizado foi que sozinha a gente não consegue, é preciso trocar informações, é necessário duas, quatro, seis mãos de mães, de tias, de amigas para auxiliar.


1º APRENDIZADO: Sozinha a gente não consegue.


É preciso se ver através do outro.

Aquele provérbio que diz: “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”.  É uma das coisas mais sábias que ouvi e estou aprendendo.


2º APRENDIZADO: É preciso criar uma rede de apoio com valores e crenças parecidas.


Vi com o passar dos meses, que eu e todas as outras mamães precisavam de um tempo para pensarem em si e não se sentirem tão culpadas por trabalharem fora, e as que escolheram maternar não se sentirem deslocadas e refém da escolha pela maternidade.

E o que é trabalhar fora com filhos ainda pequenos? Cabeça a mil, pensando o tempo todo o que ele deve estar fazendo, será que comeu? Será que bebê ficou triste? Será que ele vai criar laço de mãe com a babá? Será que vale a pena perder esses primeiros aprendizados do meu filho? Será? Será?

O que é escolher maternar? Você fica ali 24 horas a disposição, mas daí vem as cobranças externas e internas, vem os comentários sobre: _Como você consegue não fazer nada o dia todo.

Esses dias li um desabafo de uma mãe e quase perguntei se foi sobre ela, ou sobre mim que ela escreveu...risos.

As histórias se repetem, algumas com mais tranquilidade, outras com stress total.

E a gente se fecha no nosso mundo e não percebe que outra mãe vive os mesmos dilemas.

É lindo ser mãe, mas a vida vira de cabeça para baixo.

Você pensa que precisa aprender a ser socorrista, brinquedista, com noções de pediatria, pedagoga, etc.

E tudo que a gente precisa é contar com uma rede de apoio e confiar que existem pessoas que se prepararam para cuidar da primeira infância.

3º APRENDIZADO: Confiar nos profissionais que participam
 do desenvolvimento dos nossos filhos.

Por isso é importante entender o que é uma “maternagem” consciente.

Pensando em difundir uma “maternagem” consciente e com crianças com oportunidades de serem cuidadas, amadas e com permissão de brincar livre, decidi preparar um Encontro de Mães que é um pontapé inicial para que as mães se sintam amparadas e com condições de olhar para si mesmo e dizer: “Eu consigo. Eu sou a melhor mãe do mundo para o meu filho”. E parar de olhar para o lado e pensar: _ “Nossa! Sempre linda, sorridente, no salto. Não sei como ela consegue”.

É necessário desenvolver uma sororidade, mas é importante que ela exista a sua volta para que você não se sinta sozinha.

4º APRENDIZADO: Desenvolver sororidade.

Sororidade é a união e aliança entre mulheres, baseado na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum.

Do ponto de vista do feminismo, a sororidade consiste no não julgamento prévio entre as próprias mulheres que, na maioria das vezes, ajudam a fortalecer estereótipos preconceituosos criados por uma sociedade machista e patriarcal.

Os objetivos do evento que decidi organizar são:
ü Emponderar as mulheres no seu papel de mães;
ü Promover a importância dos cuidados nos 1000 primeiros dias na vida da criança;
ü Difundir o brincar livre na primeira infância e incentivar a leitura;
ü Criar uma rede de apoio através de novos encontros (promover networking).

É um evento sem fins lucrativos, com toda venda de ingressos é destino somente aos pagamentos necessários para realização de um evento desse porte.
Sonhava em fazer um evento maior, que as mamães pudessem levar seus filhos e eu pudesse levar o meu, mas o que estou fazendo é o que cabe nas horas livres que tenho para buscar parceiros/apoiadores para o Encontro.

Acredito que é um passo importante para quem puder estar lá para criarmos essa rede de apoio.

Temos como mães tantas informações para trocar e esse é só o começo.

Quando falei de realizar o evento, muitas das novas “amigas” que fiz aqui em Bragança Paulista, consideraram que era uma loucura investir dinheiro sem retorno e ter um trabalho “danado” para conseguir apoio para fazer os diferenciais do evento.

Algumas outras “amigas” falaram, pode contar comigo, eu estarei lá, mas infelizmente até agora não compraram os ingressos para participarem.


5º APRENDIZADO: Faça laços de amizade com quem te 

apoia de verdade.

Então, é isso!  Eu acredito que a gente só cresce com troca de saberes, com interação, com olho no olho.

Está tudo pronto para o 1º ENCONTRO DE MÃES DE BRAGANÇA PAULISTA/SP.


Estou muito feliz com os profissionais que farão parte do evento como palestrantes, muita gratidão por terem aceito o convite.

As mamães, as pedagogas que já realizaram suas inscrições espero que o evento traga as respostas que precisam nesse momento da vida de vocês.


E que venha dia 29 de outubro!

Eu vou ficando por aqui, na expectativa de que as minhas amigas comprem o ingresso.

O encontro contará com o credenciamento das mães logo na chegada, um saboroso café da manhã será oferecido. (Deixem para tomar café com a gente)

9:00 daremos início as atividades com as minhas boas vindas.

09:15 Painel: Não sei Como Ela consegue - Convidadas: Mamães Empreendedoras: Carolina Antunes, Rutelene Souza e Prô Suelen Silva.



10:15 Palestra: Os primeiros 1000 dias de uma criança - Pediatra Dr. Jayme Murahovschi


11:00 Pausa

11:15 Palestra: Como a Neurociência pode nos ajudar? - Pedagoga Cristiane Raposo



12:00 Agradecimentos e Entrega de Brindes


12:30 Encerramento

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