AS MÃES E SUAS CAVERNAS – Parte I
O Mito da Caverna
O mito fala sobre
prisioneiros (desde o nascimento) que vivem presos em correntes numa caverna e
que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz
gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas
representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações
do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras),
analisando e julgando as situações.
Vamos imaginar que um
dos prisioneiros fosse forçado a sair das correntes para poder explorar o
interior da caverna e o mundo externo. Entraria em contato com a realidade e
perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens
projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo
real ficaria encantado com os seres de verdade, com a natureza, com os animais,
etc. Voltaria para a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da
caverna para seus colegas ainda presos. Porém, seria ridicularizado ao contar
tudo o que viu e sentiu pois, seus colegas só conseguem acreditar na realidade
que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros vão o chamar de
louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas ideias consideradas
absurdas.
O que Platão quis
dizer com o mito
Os seres humanos, tem
uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que
enxergamos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e
informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois nos
apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a
realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou
seja, quando saímos da caverna.
FONTE do texto
inserido acima: www.suapesquisa.com
Mito da Caverna é uma parábola
que foi escrita pelo filósofo grego Platão em 408-347 a.C.
O mito ou “Alegoria”
da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo
parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre
teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
Eu cresci ouvindo
sobre o Mito da Mãe Perfeita e eu
não via muita perfeição nas mães a minha volta...rsrsrs
Depois vieram outros
mitos:
ü Ser
mãe é natural.
ü Mãe é
mãe.
ü Mãe
sabe de tudo;
ü Você
vai se sentir realizada quando for mãe.
ü Toda
mulher precisa ser mãe um dia.
As amigas não
compartilhavam as mazelas da maternidade.
Daí você se angustia
quando se torna mãe.
Quando eu me tornei
mãe, eu não percebi esse movimento de entrar para dentro da caverna.
É um movimento
natural, até porque a gente quer proteger aquele filho, desejamos que nossa
gravidez seja tranquila e um novo ser humano nasça e possa explorar esse mundão
de Deus.
Nossa! Quanta responsabilidade.
Eu já tinha vivido
quase 4 décadas, achei que estava mega preparada para ser mãe. Falei sobre isso
no meu texto: http://mamaelevada2015.blogspot.com.br/2016/05/mamae-levada-vivian-ferreira-para-ser.html
Daí você está mãe, cheia
de si, repleta de sonhos para aquele lindo bebê e daí vem os medos, mas vamos vivendo
dentro daquela caverna que
aparentemente é aconchegante.
O meu maior medo era
se ia dar tudo certo até o fim da gravidez porque devido a todas as pressões
externas eu tive um descolamento da placenta e depois durante o acompanhamento de
pré-natal, eu escutava aquelas mães “horríveis” dizerem que haviam perdido seu
bebê no oitavo mês de gravidez. É um horror as histórias que nos contam.
Então, eu vivi 38
semanas e meia vigilante...daí eu já estava dentro da caverna, um movimento que
começou e que eu não percebi.
Eu ia no ginecologista
toda semana para saber se estava tudo bem e quando fui fazer o exame morfológico
fiz questão de ir para Belo Horizonte para fazer um morfológico completo que
dourou quase 3 horas.
Sãos os medos e fantasmas que começamos a
criar.
Eu tinha uma carreira
como supervisora de RH e já tinha um ano que já estava paralelamente
trabalhando como Coach.
Grávida, você começa a
sofrer pressões no trabalho e os desconfortos da barriga crescendo.
Novos medos, novas
ansiedades.
O filho nasce e no meu
caso, eu me apaixonei à primeira vista e sofri à primeira vista, com as
dificuldades em amamentar.
Aquele curso de
pré-natal, de apenas uma manhã foi a minha primeira
decisão errada como mãe.
Daí seu filho nasce e
você está dentro da caverna.
4 meses de licença
maternidade, mais um mês de férias, ...você cria um mundo só seu com seu
bebê...o mundo te chama para fora da caverna, mas você só quer estar ali.
E o marido, onde fica nessa história toda?
Pois é, alguém precisa
sair da caverna, trabalhar, trazer comida para casa.
E começam a nascer os primeiros conflitos, já que você decidiu ficar em casa, você também pode cuidar da rotina, das roupas.
Só que nós mães não
percebemos esse movimento.
Fui viver meu sonho, cuidar do meu filho.
Eu rezei para ser dispensada do trabalho.
E com o sonho veio os
pesadelos também.
Eu sou péssima dona de
casa, acostumada a trabalhar com pessoas que já sabem o que fazer com suas
tarefas de trabalho, de repente me vi em uma nova cidade, tentando contratar
uma pessoa para me ajudar com os serviços domésticos, mas eu queria delegar tarefas
domésticas e de repente eu tinha que ficar mandando.
E eu só queria curtir o meu filho.
Daí o marido chegava
em casa, ele falava dos novos projetos de trabalho, e eu? Só reclamava da diarista.
CAOS...CAOS.
Você pensa que a gente
percebe? Estamos vivendo em nossas cavernas e achando que é normal toda essa
desorganização que se forma em volta.
Daí, depois de um
tempo você começa a querer voltar ao mercado de trabalho.
No sábado...conto mais!
Reflexões da Mamãe Levada.
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