sábado, 7 de maio de 2016

O que faz uma mulher ser mãe?
Você já parou para pensar nisso?
Eu que já incorporei a maternidade algumas vezes posso dizer que o que faz uma mulher ser mãe é:

O vínculo
Poderia colocar aqui várias traduções sobre o que é, mas quero que “sintam” o que significa com o poema de Phyllis K. Davis:
“Se sou seu bebê,
Por favor, me toque.
Preciso de seu afago de uma maneira que talvez nunca saiba.
Não se limite a me banhar, trocar minha fralda e me alimentar, mas me embale estreitado, beije meu rosto e acaricie meu corpo.
Seu carinho gentil, confortador, transmite segurança e amor.

Se sou sua criança, por favor, me toque.
Ainda que eu resista e até o rejeite, insista, descubra um jeito de atender minha necessidade.
Seu abraço de boa noite ajuda a adoçar meus sonhos.
Seu carinho de dia me diz o que você sente de verdade.

Se sou seu adolescente, por favor, me toque.
Não pense que eu, por estar quase crescido, já não precise saber que você ainda se importa.
Necessito de seus braços carinhosos, preciso de uma voz terna.
Quando a vida fica difícil, a criança em mim volta a precisar...”

Não há como exercer a maternidade sem conviver com os filhos.
Isso é uma verdade nua e crua.
Passar alguns dias...não nos faz mães, mas nos faz cuidadoras e especiais.


Mamãe Levada, João Pedro com 6 meses e minha sobrinha Maria Eduarda


Mamãe Levada, João Pedro com 3 anos e 11 meses e minha enteada Millena
Entretanto, nesse dia das mães é uma excelente oportunidade de parar para pensar com quem nossos filhos estão criando vínculo além de nós. Quais são as referências?
Você valoriza esse vínculo ou pega todos os créditos para si
Tem muitas mulheres (babás, vovós, tias, irmãs, madrastas, vizinhas, professoras) que preservam dentro de si uma mãe disposta a acolher, a proteger e cuidar.
E elas tem feito isso com os filhos gerados por outras mulheres que por algum motivo precisam deixar seus filhos por horas, dias, meses, anos ou por uma vida toda.
É preciso valorizá-las, devolver-lhes em forma de gratidão todo esse afeto.

O que é função Materna e Paterna?
A função materna diz respeito ao acolhimento e ao apoio a criança. A função paterna tem a ver com auxiliar a criança a reconhecer limites e construir um sistema de normas e valores. As duas funções podem ser desenvolvidas ao mesmo tempo pela mesma pessoa ou por pessoas que cuidam da criança, independentemente do sexo ou vínculo sanguíneo. Esses cuidados são muito importantes para a construção e o fortalecimento do vínculo e da personalidade da criança.

Qual tem sido sua função?

Toda criança precisa de referências. Toda criança precisa de raízes, de pertencer.
O adulto de referência é a pessoa que convive no dia a dia com a criança, interage diretamente e estabelece os vínculos afetivos mais próximos durante os primeiros anos de vida. É o responsável direto por cuidar, dar estímulos adequados, educar, amar, impor limites, fortalecer a autonomia e preparar a criança para os desafios e oportunidades da vida adulta.
“O bebê é um ser totalmente dependente. (...) É o relacionamento com quem cuida dele que o ajudará a suportar e entender essas mudanças nesse novo mundo em que sua personalidade vai se desenvolver...”
O vínculo é essencial para que o bebê se sinta seguro e encorajado a explorar o ambiente e ir ganhando autonomia.

Não tenha medo dos vínculos que seu filho cria.
Você sempre será a mãe do seu filho, se você se tornou o adulto de referência dele. Se você teve tempo de cuidar e desempenhou bem a sua função materna, não se preocupe.
Uma mãe que cuidou, embalou, nutriu seu filho biologicamente e/ou emocionalmente sempre será sua mamãe.
O vínculo de uma mãe e um filho perdura uma vida toda.
O que outras pessoas podem oferecer ao seu filho, ao meu filho, são novas sensações, novas visões do mundo, novas histórias. É um novo olhar, dentro de um cuidar.
Importante que você não deixe que isso se perca, é preciso aceitar que seu filho fará novas conexões no decorrer da vida.
Respeite os vínculos que seu filho tem com outras mulheres.
Respeite as mulheres que embora não tenham filhos, orientam seus filhos. Pare de falar: “_essa professora não entende quando eu reclamo porque não é mãe”.
Seja grata as tias que amam seus filhos. Pare de falar: “_vai ter seus próprios filhos para cuidar e deixe meu filho”.
Seja grata a madrasta que educa seus filhos. Pare de falar: ”_Aquela P... acha que manda nos meus filhos”.
Seja grata as vovós que mimam os netos. Pare de falar: “_ele é mau educado porque foi criado pela avó”.

Eu fiz muitas conexões no decorrer da minha vida.

Tenho que agradecer a muitas mulheres por ter sido minhas “mamães” em algum momento da minha vida. Muito obrigada!



Meu filho tem feito muitas conexões.


E serei sempre grata a essas mamães, aos colos quentes quando não estou por perto.


Vizinha e Madrinha Júlia

Prô Elen do Maternal 2


Este texto é uma homenagem a todas essas mulheres fortes que orientam, amam, educam, mimam os filhos que não foram gerados por elas.

Que muitas vezes não os verá crescer, prosperar, envelhecer. 

Que na maioria das vezes, nem reconhecem o que ela fez ou faz, mas nem por isso deixaram ou deixa de oferecer o seu melhor a esse filho emprestado pelo o Universo.

Parabéns pelo seu dia!






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