O que faz uma mulher ser mãe?
Você já parou para pensar nisso?
Eu que já incorporei a maternidade algumas vezes posso
dizer que o que faz uma mulher ser mãe é:
O vínculo
Poderia colocar aqui várias traduções sobre o que é, mas quero
que “sintam” o que significa com o poema de Phyllis K. Davis:
“Se sou seu bebê,
Por favor, me toque.
Preciso de seu afago de uma maneira que talvez
nunca saiba.
Não se limite a me banhar, trocar minha fralda e me
alimentar, mas me embale estreitado, beije meu rosto e acaricie meu corpo.
Seu carinho gentil, confortador, transmite
segurança e amor.
Se sou sua criança, por favor, me toque.
Ainda que eu resista e até o rejeite, insista,
descubra um jeito de atender minha necessidade.
Seu abraço de boa noite ajuda a adoçar meus sonhos.
Seu carinho de dia me diz o que você sente de
verdade.
Se sou seu adolescente, por favor, me toque.
Não pense que eu, por estar quase crescido, já não
precise saber que você ainda se importa.
Necessito de seus braços carinhosos, preciso de uma
voz terna.
Quando a vida fica
difícil, a criança em mim volta a precisar...”
Não há como exercer a maternidade
sem conviver com os filhos.
Isso é uma verdade nua
e crua.
Passar alguns dias...não nos faz mães, mas nos faz cuidadoras e especiais.
Passar alguns dias...não nos faz mães, mas nos faz cuidadoras e especiais.
Mamãe Levada, João Pedro com 6 meses e minha sobrinha Maria Eduarda |
Mamãe Levada, João Pedro com 3 anos e 11 meses e minha enteada Millena |
Você valoriza esse vínculo ou pega todos os créditos para si
Tem muitas mulheres (babás, vovós, tias, irmãs, madrastas, vizinhas,
professoras) que preservam dentro de si uma mãe disposta a acolher, a proteger
e cuidar.
E elas tem feito isso com os filhos gerados por outras mulheres que por
algum motivo precisam deixar seus filhos por horas, dias, meses, anos ou por
uma vida toda.
É preciso valorizá-las, devolver-lhes em forma de gratidão todo esse
afeto.
A função
materna diz respeito ao acolhimento e ao apoio a criança. A função paterna tem
a ver com auxiliar a criança a reconhecer limites e construir um sistema de
normas e valores. As duas funções podem ser desenvolvidas ao mesmo tempo pela
mesma pessoa ou por pessoas que cuidam da criança, independentemente do sexo ou
vínculo sanguíneo. Esses cuidados são muito importantes para a construção e o
fortalecimento do vínculo e da personalidade da criança.
Qual tem sido sua função?
Toda criança precisa de referências. Toda criança precisa de raízes, de
pertencer.
O adulto de referência é a pessoa
que convive no dia a dia com a criança, interage diretamente e estabelece os vínculos
afetivos mais próximos durante os primeiros anos de vida. É o responsável
direto por cuidar, dar estímulos adequados, educar, amar, impor limites,
fortalecer a autonomia e preparar a criança para os desafios e oportunidades da
vida adulta.
“O bebê
é
um ser totalmente dependente. (...) É o
relacionamento com quem cuida dele que o ajudará a suportar e entender essas mudanças
nesse novo mundo em que sua personalidade vai se desenvolver...”
O vínculo é
essencial para que o bebê se sinta seguro e encorajado a
explorar o ambiente e ir ganhando autonomia.
Não tenha medo dos vínculos que seu filho cria.
Você sempre será a mãe do seu
filho, se você se tornou o adulto de referência dele. Se você teve tempo de
cuidar e desempenhou bem a sua função materna, não se preocupe.
Uma mãe que cuidou, embalou,
nutriu seu filho biologicamente e/ou emocionalmente sempre será sua mamãe.
O vínculo de uma mãe e um filho
perdura uma vida toda.
O que outras pessoas podem
oferecer ao seu filho, ao meu filho, são novas sensações, novas visões do
mundo, novas histórias. É um novo olhar, dentro de um cuidar.
Importante que você não deixe que
isso se perca, é preciso aceitar que seu filho fará novas conexões no decorrer
da vida.
Respeite os vínculos que seu filho
tem com outras mulheres.
Respeite as mulheres que embora
não tenham filhos, orientam seus filhos. Pare de falar: “_essa professora não
entende quando eu reclamo porque não é mãe”.
Seja grata as tias que amam
seus filhos. Pare de falar: “_vai ter seus próprios filhos para cuidar e
deixe meu filho”.
Seja grata a madrasta que educa
seus filhos. Pare de falar: ”_Aquela P... acha que manda nos meus filhos”.
Seja grata as vovós que mimam
os netos. Pare de falar: “_ele é mau educado porque foi criado pela avó”.
Eu fiz muitas conexões no decorrer da minha vida.
Tenho
que agradecer a muitas mulheres por ter sido minhas “mamães” em algum momento
da minha vida. Muito obrigada!
Este texto é uma homenagem a todas essas mulheres fortes que orientam,
amam, educam, mimam os filhos que não foram gerados por elas.
Meu filho tem feito muitas conexões.
E serei sempre grata a essas mamães, aos colos
quentes quando não estou por perto.
Vizinha e Madrinha Júlia |
Prô Elen do Maternal 2 |
Que
muitas vezes não os verá crescer, prosperar, envelhecer.
Que
na maioria das vezes, nem reconhecem o que ela fez ou faz, mas nem por isso
deixaram ou deixa de oferecer o seu melhor a esse filho emprestado pelo o
Universo.
Parabéns pelo seu dia!
Muito Lindo, Parabéns
ResponderExcluirObrigada!
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